®Pôesia do Mundo
- Antònio Manuel
- Le Vésinet, Yvelines, France
- É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Confissão dos Olhos
Confissão dos Olhos
Confissão dos Olhos
Na sala, muita vez, junto aos que estão contigo,
Noto entrando que ao ver-me, entre surpresa e enleio.
Ficas, como se acaso um sofrimento antigo
Eu te viesse acordar lá no íntimo do seio.
Por que enleio e surpresa?
Olham-te, e empalideces;
Pões a vista no chão, fazes que desconheces
Estar ao pé de ti quem te perturba; acaso
Vais distraída; aqui tocas a flor de um vaso,
Ali de um velho quadro atentas na gravura;
Achegas-te à janela, olhas a tarde pura,
Voltas. De face então vês-me a estremecer.
Quase
Disseste o que dizer te anseia há muito; a frase
Íntima, breve e ardente, em teu lábio purpúreo
Aflou num palpitar, fez ouvir um murmúrio,
Mas refluiu...
Em torno atentos te encaravam.
Foi quando para mim teus grandes olhos voaram,
Voaram, vieram, assim como do firmamento
Duas estrelas, e a alma unindo a um pensamento
Único, em fluido a escoar dos raios de ouro em molhos,
Somem-se em mudo assombro, abismam-se em meus olhos.
E em minh'alma, lá dentro, eu sinto então, querida,
Que eles deixam cair, no ardor em que me inflamo,
Ah!
E com que calor, com que sede de vida!
Letra a letra, a tremer, o teu segredo:
Eu te amo!
Alberto de Oliveira
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4 comentários:
Tb falei sobre olhar hoje lá no blog.
Bjs.
Um olhar para quem entende diz tudo..........
Meu caro António, que belo poema do Alberto de Oliveira, foste muito feliz quando na escolha. Parabéns!
Que DEUS te abençôe e tenhas um excelente final de semana com muita paz.
Abraços,
Furtado.
Alberto de Oliveira, a qualidade se casando bem com o sentido estético!
Gostei do poema e do blog em geral! Parabéns!
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