Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




domingo, 13 de dezembro de 2009

As Indefinidas Palavras



As Indefinidas Palavras




As Indefinidas Palavras
Qualquer palavra que eu te diga ou te silencie
é tão sem sentido
para o meu poema que é só bruma
voz muda esferográfica:

E o que sobre é esse silêncio pesando sobre os corpos,
esse chumbo,
o exaurir do carbono,
o vão dos corpos.

Agora quero inventar um poema
com isso que em mim é aresta,
arpão, fratura exposta,
berro içado sobre setembro,
estilhaço, beijo esgarçado,
grifar minha mudez sem fundo
afundada de tantas palavras.

Solto o poema como uma vertigem,
desse perigo não há fuga:

A nona sinfonia arrebenta num revés de crepúsculo.

Inverter o caos da tarde em melodia
ou aceitar o que um poema fabrica
de naufrágio?

Pela página?

Num lapso:

Me escapam o salto e o grito irisado,
e daqui fotografo o abismo em cores kodak.

Palavras desabam numa catástrofe:

quero agora o vazio das margens,
a intransferível brecha,
o vão da palavra impronunciável.

Em que poema jogar fora
as palavras onde sempre esbarro?

Vida & Morte

Deus & Sexo

Escrever é o que se arquiteta
do deserto de uma falta,
infância e cio,
o turvo de alguém,
antro de uma boca.

Mas o que escrevo é noite cava,
emparedamento, poço
e não cabe no estreito de nenhum poema.

É só por afronta e voracidade
que escrevo escavo: indefinidamente
até preencher com o poema
a branca ausência: impreenchível.



Luís Inácio Araújo

1 comentário:

Rosemildo Sales Furtado disse...

...Escrever é o que se arquiteta
do deserto de uma falta,
infância e cio,
o turvo de alguém,
antro de uma boca.

O Luis Inácio (ainda bem que não é o Lula da Silva) foi muito feliz e profundo. Belo poema. ótima escolha.

Abraços e uma excelente semana com muita paz e obrigado pelas constantes visitas meu caro amigo.

Furtado.

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