Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




domingo, 3 de janeiro de 2010

Ode às noites íntimas



Ode às noites íntimas



Ode às noites íntimas
As palavras nada proíbem.

Quem proíbe,
pouco entende o brilho húmido dos lábios
que se entreabrem,
e do pénis as grossas
túmidas veias e a ansiosa glande;
ou ainda,
se percebe,
os desentende:

Quantas meninas houver desflorado,
tanta a sanha de calar o que todos fazem
em cada volta que a Terra dá e nas que deu
e nos biliões que dará,
ocultando sob os telhados e sob as árvores o lutar
de corpos que leva voando no espaço.

De que ter pudor,
se dois humanos ensaiam
longamente na boca e pele que se morde
e nos pêlos afagados que se orvalham
a rigidez e a penetração do membro?

A vida também é as mãos apalparem
indagando os seios,
o clitóris rodarem como aos mamilos,
para que as femininas mãos,
apertem o membro e o masturbem.

Nada,
pois,
impede de cantar-se a luxúria,
os pêlos,
a tesa pele,
o confundir vultos,
o segredo de cada vez descoberto ou
inventado,
a língua,
as mãos,
os dedos exactos e o mais penetrando tudo que
o corpo abra,
e a garganta grite,
e os dentes exijam,
e as coxas apertem e logo se abram,
e pernas e calcanhares prendam,
e as unhas cravem,
e o ventre salte no movimento tão antigo das
marés vivas materna origem,
e a vulva acompanhe em calculadas contracções
o falo que mergulha e sai,
e assim tenha
o saber herdado dos moluscos do mar.

Pudor de escrever o penetrar de corpos
cada dia tão diverso quanto são os dias?

O membro usa o comprimento e a dureza
com a lucidez e o gozo de senti-lo
nos lábios que o recebem no desespero
de resistirem e a sede de o abraçarem e medirem,
suor de sal,
istantes ondas,
olhos brancos loucos de lua,
quando do telúrico vulcão ao longe os gemidos vêm subindo,
no ritmo dos quadris que aceleram e da respiração que arfa,
e as palavras ditas na noite,
segredadas,
de quem sábio alteroso se navega e indica o norte,
para que nada se perca,
já a lava começa a premente subida,
da medula do corpo à ponta do ventre,
e os gemidos crescem e se apressam,
misturados às palavras,
ainda guiando e logo perdidas,
obscenas em gritos e rugidos,
que limitam a noite à cama,
explodidas nos saltos do membro que o
esperma ejectam e a carne profunda,
apertando,
ávida,
sorve e chama na perdição que não é subir a astros,
mas esvair-se em vida pra semear o mundo.

Logo lentos os corpos esfriam e dormem.

Para depois haver a manhã e da vida
o labor salvar-se nas noites que virão.




Manuel Rodrigues

1 comentário:

Anónimo disse...

E viva às noites intimas!
Bjs querido.

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