Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mímica Sem Rima


Mímica Sem Rima



Mímica Sem Rima

Pensa
Que sua Presença
Intensa, Imensa
Não me é Recompensa
De sua InsensaTEZ?!

Pensa
Que seu corpo ainda
É virgem de mim
Só porque não o toquei?!

Atirei-a, vezes muitas,
Ao sofá, ou à cama, ou ao chão.

Rasguei sua roupa,
Com fúria adolescida.

E a amei,
Com calma maturada.

Com a língua escrevi poemas
Em seu corpo papel em branco.

Persegui fugidias gotas de suor
E as sorvi, no alcançá-las,
Para repor a umidade perdida
Na aspereza repentina de sua pele arrepiada,
Na relva macia de seus pêlos sobreviventes.

Quando não, soprava-as esfriando-as.

Percorri todos os seus caminhos:

Queria sentir-lhes a textura, o cheiro, o gosto;
Usei as mãos (quase flutuando),
A ponta do nariz (quase raspando),
A boca (quase beijando).

Segurei-a para que não me tocasse:
meu prazer vinha do dar.

Formei pequenos seios com sua pele entre meus dentes,
E a devolvia, levemente marcada;
Aspirei-a, aos pedaços, para dentro de minha boca,
E os devolvia, levemente avermelhados.

Vi o cerrar de seus olhos,
A procura frenética de sua língua:

Chicoteando o ar, umedecendo os lábios.

Egoísta, não deixei que (só) ELE a invadisse:

Escorri-me, todo, para dentro, vestindo-o.

Ergui-me, meio corpo, nos braços
E levantei a cabeça, estiquei o pescoço,
Para escorrer mais.

Consegui: nos tornamos um só
Nesta viagem úmida, quente, confortável
De idas e vindas.

Não a larguei
Até ouvir o meu prazer de sua boca:

Num grito, num choro, num gemido
Vindos de um calor,
Um tremor,
Um explodir contraído,
Um suspirar profundo, ofegante quase arfar.

Vindo de uma vontade de nada mais ser.

Talvez, até, de morrer,
Eis que nada mais importa
(nem mesmo se alguém lembrou de fechar a porta).

Acordei.

Foi um sonho.

Acordei?!

Foi um sonho?!



Fernando Oliveira

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