NADA SEI
Não me perguntes, porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente,
Ressuscitando.
O resto são palavras,
Que decorei,
De tanto as ouvir.
E a palavra,
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha mudez,
Aprende a adivinhar,
O que de mim não possas entender.
Miguel Torga
5 comentários:
Hoje eu não sei dizer.
Só sei sentir..
Há dias em que palavras
não são capazes de traduzir
o sentimento.Bom mesmo
é ser compreendido
mesmo quando não sabemos
dizer...Amar é uma forma
de crêr em silêncio!
Bom Domingo! Beijos na alma!
Lindissimo poema de Miguel Torga
O mais belo amor é em silêncio.
Beijinhos
Sonhadora
Olá Antònio
Dois lindos poemas . Parabéns pelo aniversário do blog. Obrigado pelo selo , já peguei e vou publicá-lo oportunamente.
Sucesso sempre.
Grande abraço
Olá amigo
Muito lindo este poema de Miguel Torga, um dos escritores portugueses que mais admiro.
Peço desculpa de só agora aqui vir felicitar-te pelo 1º Aniversário do blog. Os meus votos vão para que possamos continuar a comemorar e a partilhar conhecimento, informação e amizade durante muitos e muitos anos.
Vamos levar o selinho para o nosso Farol com todo o gosto e a amizade que nos une.
Beijinhos e abraços dos amigos Tétis, Argos e Poseidón
Lindo poema... Torga enfeitiça!
Bjs.
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