Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




terça-feira, 27 de julho de 2010

Branca de Neve


Branca de Neve



Branca de Neve

Eu te guardo no fundo da memória,
como guardo,
num livro,
aquela flor
que marca a tua delicada história,
Branca de Neve,
meu primeiro amor.

Amei-te...

E amei-te,
figurinha aluada,
porque nunca exististe e porque sei
que o sonho é tudo e tudo mais é nada...

E és o primeiro sonho que sonhei.

Hoje ainda beijo,
comovido e tonto,
a velha mão que um dia me mostrou
aquela estampa do teu lindo conto,
princesinha encantada de Perrault!

Que fui eu afinal?

Um pobre louco
que andou,
na vida,
procurando em vão
sua Branca de Neve que era um pouco
do sonho e um pouco de recordação...

Procurei-a.

Meus olhos esperaram
vê-la passar com flores e galões,
tal qual passaste quando te levaram,
no ataúde de vidro,
os sete anões.

E encontrei a Saudade:
ia alva e leve
na urna do passado que,
afinal,
é como o teu caixão,
Branca de Neve:
é um ataúde todo de cristal.

E parecia morta:
mas vivia.

Corado do meu beijo que a roçou,
despertei-a do sono em que dormia,
como o Príncipe Azul te despertou.

Sinto-me agora mais criança ainda
do que naqueles tempos em que li
a tua história mentirosa e linda;
pois quase chego a acreditar em ti.

É que o meu caso (estranha extravagância!)
é a tua história sem tirar nem pôr...

E esta velhice é uma segunda infância,
Branca de Neve,
meu primeiro amor.



Guilherme de Almeida

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