Gelo Polar
Gelo Polar
Role do tempo na limosa penha
Um ano mais, e venha mais um ano,
Role este ainda, e mais um outro venha...
Que importa!
Se no seio teu não medra
Desengano nenhum, nenhum engano,
Pois que ele abriga um coração de pedra.
A indiferença é tanta, é tanta a neve
Que no teu seio álgido se acama,
Do teu amor é tão gelada a chama,
Que a amar-te, estátua, já ninguém se atreve...
E se eu te desse o meu amor, em breve
Sei que se tornaria, altiva dama,
O meu amor, a minha ardente chama,
Um urso branco uivando sobre a neve.
Venceslau Queiroz
Gelo Polar
Role do tempo na limosa penha
Um ano mais, e venha mais um ano,
Role este ainda, e mais um outro venha...
Que importa!
Se no seio teu não medra
Desengano nenhum, nenhum engano,
Pois que ele abriga um coração de pedra.
A indiferença é tanta, é tanta a neve
Que no teu seio álgido se acama,
Do teu amor é tão gelada a chama,
Que a amar-te, estátua, já ninguém se atreve...
E se eu te desse o meu amor, em breve
Sei que se tornaria, altiva dama,
O meu amor, a minha ardente chama,
Um urso branco uivando sobre a neve.
Venceslau Queiroz
3 comentários:
Belo poema; onde se revelam os caminhos tortuosos do amor de uma forma tão sensível.
Gostei.
Um abraço.
Carlos Pereira
Olá António Manuel
Há quanto tempo não passava por aqui e não desfrutava dos belos poemas que aqui colocas.
Este "Gelo Polar" é lindíssimo, gelado, é certo, mas muito belo.
Não conhecia o autor mas deduzo ser brasileiro. Acertei?
Obrigada por o teres dado a conhecer.
Beijinhos
Olá António
Gostei deste poema "gélido" e da imagem que o acompanha, bem conseguido, parabéns.
Mas será que o amor não tem sempre algo frio?
Abraço
Enviar um comentário