Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




domingo, 10 de janeiro de 2010

A Tarde


A Tarde


Mãe da melancolia, ó meiga tarde.
Que mágico pintor bordou teu manto
Co'as duvidosas sombras do mistério!...

Talvez são elas encantados manes
De nossos pais, que errando pelos ares
Vêm segredar co'a nossa consciência
Dúbios emblemas de celestes frases...

Talvez são elas pálido reflexo
De um coro d'anjos que a milhões de léguas
Sobre uma nuvem d'ouro descantando
Ante a face do sol longínquos passam...

Não sei!

Há dentro d'alma tantas coisas
Que jamais proferiram lábios d'homens...

Entretanto me ecoam pelo espírito
Etéreos sons de peregrina orquestra.

Um doce peso o coração me oprime.

Meu pensamento em sonhos se evapora.

Té de mim próprio sinto um vago olvido.

Um sereno rumor, que a alma dormenta.


Salve, filha dos raios e das trevas.

Melancólica irmã das noites pálidas!

Quem te não ama?...

A natureza toda Murmura ao teu passar
místicas vozes Repassadas de unção:

Todos os olhos
Passeiam tuas tépidas campinas
Bafejadas de nuvens té parece
Que a terra, suspendendo o giro, escuta
O adeus que o sol te envia além dos montes.

Limpa o suór o peregrino errante.

E arrimado ao bordão mudo contempla-te
Esquecido do pouso:

Sobre o cabo
Da rude enxada recostado cisma
Nos africanos céus o pobre escravo
Que exausto de fadiga te abençoa
Do fundo d'alma em bárbara linguagem.

Mensageira de amor, tu anuncias
A hora propícia aos sôfregos amantes
Da noturna entrevista; e a donzela
Erma de amor te acolhe pensativa,

Fantasiando quadros de ventura.

Que o vazio do coração lhe supram.

Talvez agora na floresta anosa.

Proscrito errante, o índio americano
Pára e eleva-te um cântico selvagem
Nunca ouvido dos troncos que o circundam.

Fadem os deuses pouso ao peregrino.

Liberdade ao escravo, amor à virgem.

E tardes, como esta, ao triste bardo.



Aureliano Lessa

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