Modo de amar – XIV
(As rosas nos joelhos)
São grinaldas de rosas
à roda
dos joelhos
O âmbar dos teus dentes
nos sentidos
O templo da boca
no côncavo do espelho
onde o meu corpo espia
os teus gemidos
É o gomo depois...
e em seguida a polpa...
o penetrar do dedo...
O punho do punhal
que na carne enterras
docemente
como quem adormenta
o que é fatal
É a urze debaixo
e o fogo que acalenta
o peixe
que desliza no umbigo
piscina funda
na boca mais sedenta bordada a cuspo
na pele do umbigo
E se desdigo a febre
dos teus olhos
logo me entrego à febre
do teu ventre
que vai vencendo
as rosas – os escolhos
à roda dos joelhos, docemente.
Maria Teresa Horta
4 comentários:
Meu amigo
Lindo como sempre belos poemas...muita sedução.
Beijinhos
Sonhadora
Um poema espantoso.....
as rosas em grinaldas à volta dos joelhos são aliciantes...
Gostei a valer
Bjgrande do lago
Adorei a intensidade dessa poesia, muito belo seu poste...
Bjs meu querido!
Mila Lopes
Antònio,
Sempre belíssimos os poemas que escolhe...Parabéns!!!
Um grande beijo!
Reggina Moon
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