Ode
As nítidas maminhas vacilantes
Da sobre-humana Eulina,
Se com fervidas mãos ousado toco.
Ah!
Que me imprimem súbito
Elétrico tremor, que o corpo inteiro
Em convulsões me abala!
O sangue ferve:
Em catadupas cai-me...
Brotam-me lume as faces...
Raios vibram os olhos inquietos...
Os ouvidos me zunem!
Fugir me quer o coração do peito...
Morro de todo, amada!
Fraqueja o corpo, balbucia a fala!
Deleites mil me acabam!
Mas ah!
Que impulso novo, ó minha Eulina!
Resistir-lhe não posso...
Deixa com beijos abrasar teu peito:
Une-te a mim...
Morramos.
José Bonifácio
As nítidas maminhas vacilantes
Da sobre-humana Eulina,
Se com fervidas mãos ousado toco.
Ah!
Que me imprimem súbito
Elétrico tremor, que o corpo inteiro
Em convulsões me abala!
O sangue ferve:
Em catadupas cai-me...
Brotam-me lume as faces...
Raios vibram os olhos inquietos...
Os ouvidos me zunem!
Fugir me quer o coração do peito...
Morro de todo, amada!
Fraqueja o corpo, balbucia a fala!
Deleites mil me acabam!
Mas ah!
Que impulso novo, ó minha Eulina!
Resistir-lhe não posso...
Deixa com beijos abrasar teu peito:
Une-te a mim...
Morramos.
José Bonifácio
2 comentários:
Forte, sensual, quase dramático.
Abração
É meu amigo, com umas coisinhas lindas dessas, não tem como o corpo não tremer. Grande José Bonifácio e seus belos poemas. Bela escolha amigo. Parabéns!
Abraços e ótima semana pra ti e para os teus.
Furtado.
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