Aves sem pouso
Aves sem pouso
Percorro o território do teu corpo
e um ninho, um pouso busca a boca cega
Salivando saliências e reentrâncias
que dás e negas, tão cheia de graça,
e és tão cheia de ninhos, só que pairas
em páramos que esboças pelo teto
Quando descerro as portas que me trancam
o coração, e o coração já voa
também por outros páramos, por onde
como soltos no espaço nós soltamos
essas aves que em vão buscam um pouso.
Afonso Félix de Sousa
1 comentário:
Olá António! Passando para te desejar um ótimo sábado e saber como estás, pois tenho sentido a tua ausência. Espero que esteja tudo bem contigo.
Quanto ao poema, belo e profundo. Foste muito feliz quando na escolha.
Abraços e fiques com DEUS.
Furtado.
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