Eu me enganei
Eu me enganei
Eu me enganei quando disse:
"É o fim!"
Via-me no espelho:
A neve no cabelo.
As rugas se cruzavam no meu rosto.
A vista se cansava.
Ah, era o fim!
Dentro do peito,
o coração batia.
Em contraste com o rosto,
a alma era jovem.
Eu gostava do cheiro das mulheres:
Ia do olfato às profundezas d’alma.
Pensei:
A vida não me chega ao termo.
Sou todo vida.
Só por fora é a morte.
E o mundo viu minha ressurreição.
Ah,
quantas noites dormirei contigo!
Ah,
quanto sol-nascente inda me espera!
A estrada é longa,
mas não cansarei!...
Jáder de Carvalho
Eu me enganei
Eu me enganei quando disse:
"É o fim!"
Via-me no espelho:
A neve no cabelo.
As rugas se cruzavam no meu rosto.
A vista se cansava.
Ah, era o fim!
Dentro do peito,
o coração batia.
Em contraste com o rosto,
a alma era jovem.
Eu gostava do cheiro das mulheres:
Ia do olfato às profundezas d’alma.
Pensei:
A vida não me chega ao termo.
Sou todo vida.
Só por fora é a morte.
E o mundo viu minha ressurreição.
Ah,
quantas noites dormirei contigo!
Ah,
quanto sol-nascente inda me espera!
A estrada é longa,
mas não cansarei!...
Jáder de Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário