Intimidade
Intimidade
Quando, sorrindo, vais passando, e toda
Essa gente te mira cobicosa.
Es bela e se te nao comparo a rosa,
E que a rosa, bem ves, passou de moda...
Anda-me as vezes a cabeca a roda,
Atras de ti tambem, flor caprichosa!
Nem pode haver, na multidao ruidosa,
Coisa mais linda, mais absurda e doida.
Mas e na intimidade e no segredo,
Quando tu coras e sorris a medo,
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!
E nao te quero nunca tanto (ouve isto)
Como quando por ti, por mim, por Cristo,
Juras mentindo que me tens Amor...
Antero de Quental
1 comentário:
Caro amigo que ama as palavras, imagino, tanto quando eu,como bem dizes é por não poderem dizer tudo e dizerem tanto nas entrelinhas que nos fazemos conhecer e podemos trocar com um outro e tocar um outro.
Quero parabenizá-lo por este espaço e dizer do meu contentamento em encontrá-lo.
Apreciei muito a escolha do poema "Intimidade". Finalizo meu comentário com os últimos versos deste, porque me tocaram e fizeram sentido a alma!
"Mas e na intimidade e no segredo,
Quando tu coras e sorris a medo,
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!"
"E nao te quero nunca tanto (ouve isto)
Como quando por ti, por mim, por Cristo,
Juras mentindo que me tens Amor..."
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