Poema VIII
Porque me sabe a boca
o teu gosto,
por dentro e fora
revelado,
em nuvens meus sentidos
se desfaz,
enquanto sacralizo o vinho
amanhecido na tua concha pérola
Porque te descobri me deixei ficar
nas tuas ilhas,
conquistado,
e me fiz pescador,
dos teus silêncios,
dos frêmitos esquecidos
no tremor da carne nua,
e porque me sabe a boca o teu gosto,
te faço um poema com o sabor da lava
escorrida no meu peito.
Sinto o grito do vulcão
em minha língua enternecido,
e o rio desaflito em plena noite derramado
nas correntezas do prazer e da poesia
Me toma,
conquistado por querer,
me leva,
e me perde no teu canto,
deixe que sepulte o meu inferno
e esqueça a ira dos mares navegados,
renasça em mim o brilho do anjo e do demônio
igualmente opostos na carne da mesma carne,
me faça em carneiro e lã,
ou musgo em cama macia,
me deite,
me nine,
ordene,
me ame,
me ame,
me ame.
José Carlos Souza Santos
Porque me sabe a boca
o teu gosto,
por dentro e fora
revelado,
em nuvens meus sentidos
se desfaz,
enquanto sacralizo o vinho
amanhecido na tua concha pérola
Porque te descobri me deixei ficar
nas tuas ilhas,
conquistado,
e me fiz pescador,
dos teus silêncios,
dos frêmitos esquecidos
no tremor da carne nua,
e porque me sabe a boca o teu gosto,
te faço um poema com o sabor da lava
escorrida no meu peito.
Sinto o grito do vulcão
em minha língua enternecido,
e o rio desaflito em plena noite derramado
nas correntezas do prazer e da poesia
Me toma,
conquistado por querer,
me leva,
e me perde no teu canto,
deixe que sepulte o meu inferno
e esqueça a ira dos mares navegados,
renasça em mim o brilho do anjo e do demônio
igualmente opostos na carne da mesma carne,
me faça em carneiro e lã,
ou musgo em cama macia,
me deite,
me nine,
ordene,
me ame,
me ame,
me ame.
José Carlos Souza Santos
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