Espera
Espera
Esta noite quer apenas o homem
que espera, entregar-se a ele,
amá-lo por toda a noite como a
ninguém, antes.
Olhá-lo do modo
lindo que inventou,
então espera.
(O desejo a consome, o contato
dos lençóis na pele nua, as mãos
tocando displicentemente os
mamilos à luz amarela e frágil
da lareira que ilumina o corpo
em torturante expectativa)
Guarda-se pare ele.
Espera.
Porque seu desejo só se realiza
no desejo dele,
na cumplicidade dos dois
fundindo-se, ardentes, executando
o mais belo e primitivo ballet.
Nálu Nogueira
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