Formosa
Formosa
Formosa,
qual pincel em tela fina
Debuxar jamais pode ou nunca ousara;
Formosa,
qual jamais desabrochara
Na primavera a rosa purpurina;
Formosa,
qual se a própria mão divina
Lhe alinhara o contorno e a forma rara;
Formosa,
qual jamais no céu brilhara
Astro gentil,
estrela peregrina;
Formosa,
qual se a natureza e a arte,
Dando as mãos em seus dons,
em seus lavores,
jamais soube imitar no todo ou parte;
Mulher celeste,
oh!
Anjo de primores!
Quem pode ver-te,
sem querer amar-te?
Quem pode amar-te,
sem morrer de amores?!
Maciel Monteiro
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