Seios
Seios
Teus seios pequeninos que em surdina,
pelas noites de amor,
põem-se a cantar,
são dois pássaros brancos que o luar
pousou de leve nessa carne fina.
E sempre que o desejo te alucina,
e brilha com fulgor no teu olhar,
parece que seus seios vão voar
dessa carne cheirosa e purpurina.
Eu, pare tê-los sempre nesta lida,
quisera,
com meus beijos,
desvairado,
poder vesti-los,
através da vida.
Para vê-los febris e excitados,
de bicos rijos,
ávidos,
rasgando a seda que os trouxesse encarcerados.
Hildo Rangel
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