Ânsia

Há pequenas coisas que atiçam o amor
Que nos dão um grande desejo de amar
Uma enorme ânsia de sofrer...


Amantes

Vem!
Vem comigo
Cansados de Amor
Mergulhemos juntos na noite
no silêncio dos Amantes
Amor Amor Amor
Repete comigo
as palavras que nos dão paz...


®Pôesia do Mundo

A minha foto
Le Vésinet, Yvelines, France
É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!




Mostrar mensagens com a etiqueta Goulart Gomes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Goulart Gomes. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A insustentável leveza do amor


A insustentável leveza do amor


A insustentável leveza do amor

Que ninguém saiba:
falo dos teus olhos

Terras castanhas,
precipício de almas;

Que ninguém veja:
falo do teu riso.

Oceano de ritmos, vertigem e calma.

Que ninguém ouça:
falo da tua voz

Perdição de Ulisses em alto mar;

Que ninguém toque:
falo das tuas mãos.

Recriar do mundo, elementar.

Que ninguém sinta:
falo da tua boca.

Pura seda, roçar de borboletas;

Que ninguém aspire:
falo do teu cheiro

Inspiração eterna de poetas.

Que ninguém ouse:
falo do teu corpo
Porção visível do infinito;

Que ninguém duvide:
falo do que sinto.

Amor assim não houve, mais bonito.

Que ninguém entenda:
o amor é um hiato.

Entre o vivido e o sonhado;

Que ninguém tema:
o amor é imponderável.

Fluido, muito além do leve ou do pesado.



Goulart Gomes

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Soneto do amor impuro


Soneto do amor impuro



Já te comi com os olhos e com as mãos
antropofagia étnica, incesto de irmãos
sei que não raspas teus púbicos pêlos
corta-os baixinhos, aparas os cabelos

Conheço cada ondulação da tua bunda
onde teu ventre se alarga e onde se afunda
qual dos teus seios tem maior volume
e como a tua ira de gozo se assume

Ao banho, onde primeiro tocas o sabonete
a quantas fricções respiras em falsete
deixando a água ser um outro, teu

E se em tua corte fui só mais um bobo
trago comigo um real consolo:
quem mais te possuiu fui eu



Goulart Gomes

Semi-ótica


Semi-ótica


Esteiras de linho
tenho cruzado adagas
e cegado meus caminhos

o vento toca seu alaúde
estão trancados nossos sonhos
bem guardados no escuro

vermelhidão de mar
morto vivo,
plasma de segredos
e os medos nossos

não sei bem se posso seguir
estes desígnios ou
minguar à fome
destes signos.



Goulart Gomes

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mariniello


Mariniello



Mariniello
agosto seis
havia um cogumelo na história
mega-tons de Hiroxima:
um talo, a rosa

caído de joelhos
e o corpo
numa curva
para traz
teus ais

tudo era tão justo
que o mais
nobre
dos mortais
se renderia
às tuas ancas
brancas
frias; quadris
chuva ácida asperjada

e um clarão
denovo
dia
no espírito
paz...




Goulart Gomes

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Abstract[a]


Abstract[a]





Você corria
e eu até
já me esquecia
da beleza de
um corpo de mulher
em movimento.

Sem haver tempo, espaço
ou qualquer
coisa dessas, vagas
você vagava
num interlúdio
num entreatto
e eu navegava.

Apenas havia
coxas, braços, seios
vários cabelos
e devaneios.

Pensei ter visto
areia, mar
e nuvens:
miragem
era só a passagem
do teu corpo
de um ponto a outro.

Você corria
e eu podia
recordar como é bonito
um corpo de mulher
em movimento
alheia a outros
alheia ao tempo.



Goulart Gomes

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Corponauta


Corponauta



Como se tuas mãos não fossem duas
E o meu corpo apenas o universo
Nos teus olhos flutuam outras luas
E a tua pele permeia os meus versos

Fosse a tua bunda o meu descanso
E o meu falo te servisse de guarida
O guerreiro, de voraz, iria manso
Se renderia, entregaria a própria vida

Que se espera, então, de fêmea e macho
Senão o orgasmo profundo e infiel
De amar mais o outro que a si?

Se entre tuas coxas eu me encaixo
É o teu gozo, purgatório, inferno e céu
Imortalidade que podemos possuir




Goulart Gomes

Ensaio 5



Ensaio 5




Sonho
sobre a cama
um monte assoma
gigante

perfeito, reto
relva baixa
cerrada

gramíneas negro-ruivas
paralelas;
ao meio o mar

vermelho
pernas, peitos
hipérboles em profusão

inexatas
com o colchão

a reta
irá se perder
no infinito

ao último grito
afogado em leite e mal
duvido que haja
travesseiros mais bonitos


Goulart Gomes

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Blas fêmea


Blas fêmea



Blas fêmea
à minha miragem

Há uma vastidão de desejos
entre os teus seios...

...que ira maior poderia haver
que o varrer dos meus dentes
no teu ventre?

E me deixar
sumir em teus abismos
Nem os braços abertos de um cristo
tanto fariam.

Iludiriam mesmo a alma
do mais crente dos homens

(não são para mim, demasiado humano)

mortal demais,
insano
indigno dos teus lençóis.



Goulart Gomes
IP