®Pôesia do Mundo
- Antònio Manuel
- Le Vésinet, Yvelines, France
- É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!
segunda-feira, 11 de maio de 2009
A Morte, pois me mostraram a vida
A Morte, pois me mostraram a vida
A Morte, pois me mostraram a vida
trago a morte não como farsa
mas farta, ufana.
Zela pelo meu segredo
distraída, necessária, apressada
indivisível, única,
derradeira como eu.
persegue não a mim
mas aos meus passos
pois sequer me espera.
não me cansa
doura-me juventude
soma o sol, meu sol
minha estrada inteira
deseja o meu amor
questiona o meu desejo
sorri com o meu erro.
corre a morte
em busca de mais uma aventura
me ama, me trai
pois tem a mim
seu próximo ato
seu amo, seu guerreiro
que atravessa a fantasia
que sorri de medo
e falta.
trago a morte, inteira
infinita como meu âmago
incontestável e indesejável
que não pernoita
apenas espreme o ego
inconfundível como eu mesmo
apagado, vivo e morto.
trago a morte
não por essência ou desespero
mas porque o tempo me conta
e não me exclui,
porque não me esconde a náusea
nem me põe o rancho da maldade.
a morte quer apenas
fluir meu contentamento
acender a estrada, via láctea.
a morte nunca me deixará sozinho
como se eu fosse a vida inteira
reservado, preparado para a sorte.
a morte não me dará vida
mas me esconderá
dos transeuntes, dos descaminhos
e não me postará por inveja
em quase todos que me vêem.
Reginaldo Leal
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