®Pôesia do Mundo
- Antònio Manuel
- Le Vésinet, Yvelines, France
- É impossível não se dizer ( no mínimo de letras ) e, ao mesmo tempo, em que não se pode tudo dizer ( no máximo de palavras ). Falar demais: È escancarar detalhes insignificantes da vida doméstica. A minha vida sustenta-se no diário de algumas palavras: Trabalho, Respeito, Ternura, Amizade, Saudades, Amor. PEQUENOS VALORES Viver é acreditar no nascer e no pôr-do-sol É ter esperança de que o amanhã será sempre o melhor É renascer a cada dia É aprender a crescer a cada momento É acreditar no amor É inventar a própria vida... No decorrer desta vida, o prazer, a alegria, a tristeza,a dor, o amor, desfilam em nossa alma e em nosso coração deixando diferentes marcas. São essas marcas combinadas que formam a riqueza da nossa caminhada. Um caminho onde o mais importante não é chegar e sim caminhar. Valorize todos os detalhes, todas as subidas e descidas, as pedras, as curvas, o silêncio, a brisa e as montanhas deste seu caminho, para que você possa dizer de cabeça erguida, no futuro: Cresci Chorei Sorri Caí Levantei Aprendi Amei Fui Amado Perdi Venci Vivi E, principalmente, sou uma pessoa feliz!
domingo, 3 de janeiro de 2010
A uma virgem
A uma virgem
Ah!
Tu nem sabias que a tua púbis
tinha a exacta medida da concha
de minha mão, nem suspeitavas
quanto de teu seio transbordaria
da outra que por trás te enlaçava.
Só mal medias o espanto
de sentires-me o hálito arfar
em teus cabelos e em ti toda
com que te perdeste, já rendida
na surpresa de saberes-me
contra a firmeza da tua carne,
no trémulo susto da tua pele
que há tanto tal dia esperava.
Sussurraste ainda a medo
não quero, sou tão nova!
Mas tudo te era já maduro e quente
em tua boca de sede e línguas,
aberta como já essoutros lábios.
Nem choraste como choram
vãs as que perdidas se acham.
Nem uma lágrima te caiu.
Era apenas o suor puro e o sangue
e teus loucos olhos líquidos
que naquela hora e nos lençóis
ofereceras à vida misturados,
não por mim bem o sabias,
mas por outro que em tua casa,
daí a meses, daí a anos, todas
as noites se deitaria a teu lado,
cumprindo o destino de ter filhos.
Talvez por isso tenhas dito,
sem sorriso triste, sequer com gesto de
fingido amor, mas de olhos seguros,
certa quanto eu que nem haveria adeus:
Deixa, não foi nada, não tem mal.
Manuel Rodrigues
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Adorei.
Uma tempestade de sentimentos em tão poucas palavras.
Memórias quase perdidas ao meu cérebro voltaram.
Parabéns.
Feliz ano 2010
Enviar um comentário