Pororocas
Os prazeres do corpo
adoçam, alegram, cicatrizam.
Abaixo diques, represas!
Sinto o temporal caindo
no deserto.
Secreto.
Liberando sumos.
Virando Amazonas.
Abaixo a aridez!
Meus fluidos correm livres outra vez!
Quero foz, quero delta, quero muitas pororocas!
Quero muito! Quero mais!
Do bom e do pior!
Quero aprender, crescer, evoluir
como a Mocidade na Sapucaí!
Abraçando generosamente tudo que me cabe:
O ruim e o melhor!
Sem restrições.
E poder finalmente concluir
que tudo depende do ponto de vista,
que são muitos, que são mis.
Abaixo maniqueísmos!
Abaixo racismos!
Vivam os quereres!
E os amores!
E os desamores!
Mentes míopes, empoeiradas,
hipermétropes e cansadas
pouco podem perceber!
Visão estreita.
Mente estreita.
Estreito é o nosso olfato, o nosso tato.
Faixas limitadas.
Limitadíssimas.
O corpo é o limite!
Socorro!
Quero jogar tanto xadrez quanto porrinha.
Admirar Picasso e Newton Bravo.
Me deliciar com adoçante, sal marinho,
fel e açúcar mascavo.
Quero amar o ateu e a freirinha.
O belo e o feinho.
E amar.
E ter prazer.
E transcender.
O limite...
Eliane Stoducto
Os prazeres do corpo
adoçam, alegram, cicatrizam.
Abaixo diques, represas!
Sinto o temporal caindo
no deserto.
Secreto.
Liberando sumos.
Virando Amazonas.
Abaixo a aridez!
Meus fluidos correm livres outra vez!
Quero foz, quero delta, quero muitas pororocas!
Quero muito! Quero mais!
Do bom e do pior!
Quero aprender, crescer, evoluir
como a Mocidade na Sapucaí!
Abraçando generosamente tudo que me cabe:
O ruim e o melhor!
Sem restrições.
E poder finalmente concluir
que tudo depende do ponto de vista,
que são muitos, que são mis.
Abaixo maniqueísmos!
Abaixo racismos!
Vivam os quereres!
E os amores!
E os desamores!
Mentes míopes, empoeiradas,
hipermétropes e cansadas
pouco podem perceber!
Visão estreita.
Mente estreita.
Estreito é o nosso olfato, o nosso tato.
Faixas limitadas.
Limitadíssimas.
O corpo é o limite!
Socorro!
Quero jogar tanto xadrez quanto porrinha.
Admirar Picasso e Newton Bravo.
Me deliciar com adoçante, sal marinho,
fel e açúcar mascavo.
Quero amar o ateu e a freirinha.
O belo e o feinho.
E amar.
E ter prazer.
E transcender.
O limite...
Eliane Stoducto
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