Cantiga do Pressentir
A noite já nos espreita
e permaneço esquecida
à beira do meu destino.
A noite já nos espreita
e permaneço esquecida
à beira do meu destino.
És tardo porque ignoras
que vivo do que adivinho.
Repele a palavra esquiva
não te cubras de distância.
Estende um lenço, um soluço,
troca teus olhos de ausente
por dois claros de esperança.
E vem, que te aguardo ainda
nesses linhos de aconchego,
em braços de puro embalo,
em plumagens de mornura,
em claras nuvens de espuma.
Enquanto não me descobres
me perco em falas menores,
me reparto sem vontade.
Tropeço pedras amargas,
naufrago secretos mares.
Lara de Lemos
4 comentários:
Nossa,
que poema bonito!
bjs.
Olá amigo!
Linda postagem.BOM FDS prá ti.
ABRAÇOS M@ria
António
Como sempre belissimo poema.
Bom fim de semana.
beijinhos
Sonhadora
Olá António! Belo o poema da Lara de Lemos, com ênfase para o trecho abaixo transcrito.
E vem, que te aguardo ainda
nesses linhos de aconchego,
em braços de puro embalo,
em plumagens de mornura,
em claras nuvens de espuma.
Linda escolha meu amigo. Muito profundo.
Abraços e ótimo final de semana pra ti e para os teus.
Furtado.
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