Não partas já
Não partas já.
Fica até onde a noite se dobra
para o lado da cama e o silêncio recorta
as margens do tempo.
É aí que os livros
começam devagar e as cores nos cegam
e as mãos fazem de norte na viagem.
Parte apenas
quando amanhã se ferir nos espelhos do quarto
em estilhaços de luz;e um feixe de poeiras
rasgar as janelas como uma ave desabrida.
Alguém murmurará então o teu nome,vagamente,
como a gastar os dedos na derradeira página.
E então,sim,parte,para que outra história se
invente mais tarde,quando os pássaros gritarem
à primeira lua e os gatos se deitarem sobre
o muro,de olhos acesos, fingindo que perguntam.
Maria do Rosário Pedreira
Não partas já.
Fica até onde a noite se dobra
para o lado da cama e o silêncio recorta
as margens do tempo.
É aí que os livros
começam devagar e as cores nos cegam
e as mãos fazem de norte na viagem.
Parte apenas
quando amanhã se ferir nos espelhos do quarto
em estilhaços de luz;e um feixe de poeiras
rasgar as janelas como uma ave desabrida.
Alguém murmurará então o teu nome,vagamente,
como a gastar os dedos na derradeira página.
E então,sim,parte,para que outra história se
invente mais tarde,quando os pássaros gritarem
à primeira lua e os gatos se deitarem sobre
o muro,de olhos acesos, fingindo que perguntam.
Maria do Rosário Pedreira
3 comentários:
António
Muito lindo este poema.
Não partas já.
Fica até onde a noite se dobra
para o lado da cama e o silêncio recorta
as margens do tempo.
Lindoooo
Beijinhos
Sonhadora
Estou partindo...não sem antes vir aki e te deixar um beijão.
Até!
Gostei bastante do blog e dos poemas. Parabéns. Virei mais vezes!
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