O tempo, subitamente solto
O tempo,
subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
Eram os teus olhos,
labirintos de água,
terra,
fogo,
ar,
que eu amava quando imaginava que amava.
Era a tua a tua voz que dizia as palavras da vida.
Era o teu rosto.
Era a tua pele.
Antes de te conhecer,
existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
Muito longe de mim,
dentro de mim,
eras tu a claridade.
José Luís Peixoto
O tempo,
subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
Eram os teus olhos,
labirintos de água,
terra,
fogo,
ar,
que eu amava quando imaginava que amava.
Era a tua a tua voz que dizia as palavras da vida.
Era o teu rosto.
Era a tua pele.
Antes de te conhecer,
existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
Muito longe de mim,
dentro de mim,
eras tu a claridade.
José Luís Peixoto
2 comentários:
Linda poesia!
Mudou a foto!
Ficou bonito!
bjs.
O amor idealizado que se concretiza.
Um abraço
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