Poema do Desenlace
Poema do Desenlace
E então nós nos magoamos
com uma dor tão intensa
com um furor tão sem forma
tão sem explicação...
Como se estivéssemos
estraçalhando a vida
desmoronando tudo
o que nos pôs distantes...
Como se tivéssemos
que destruir universos
pra cumprirmos o que está escrito:
Continuarmos cumprindo.
E foi tanto o desejo
de rasgar os destinos...
Nós que rasgáramos todos os códigos
para nos tornarmos vidro,
assim nós nos rasgamos a nós próprios
sem solução e sem lucidez.
Para cada um permanecer
preso dentro dos olhos do outro
para em cada novo encontro
para sempre perguntarmos...
Por quê?
Por quê?
Afinal...
Por quê?
Gláucia Lemos
Por quê?
Afinal...
Por quê?
Gláucia Lemos
1 comentário:
Os desentendimentos até certo ponto são válidos, porque os reencontros geralmente são prazerosos, isso, quando há reencontro, pois, caso contrário, chega a esse ponto.
Belo poema António. Ótima escolha.
Abraços e uma ótima semana pra ti e para os teus.
Furtado.
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