Ausência
Ausência
Bebi... sim...
de gole em gole,
refrescou-se o silêncio,
com a balbúrdia da tua sofisticada ausência.
Enveredou-se
pela trilha estreita,
Gritando,
voluptuosidade ao inverno
e ao sol que gela.
Pouco a pouco,
reviram-se papéis sobre a mesa
na hora do jantar.
Palavras sobrevoam a fome latente.
Parece bonito,
mas quase arde.
Lentamente,
sedas se arrastam pelo chão da tua ausência.
Assim como meu corpo,
cravado em dúvidas,
no sofá,
retrata nosso momento fatal.
Não me traga um rosto quase pálido de vida.
Traga-me o perfume engarrafado no teu sorriso.
Assim a ausência passa e com ela o grande perigo.
Perder...
Carla Dias
1 comentário:
Olá António Manuel
Espero que estejas completamente bem!
Gostei deste poema, obrigado por partilhar com os amigos da blogosfera.
Abraço
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