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Mediadora do Mutismo
Mediadora do Mutismo
Onde não começa o sopro
no côncavo da língua muda
o peso da sombra entre ruínas,
falha que nunca coincide.
Silêncio do incontível,
como recusar a veemência
desta cegueira?
Antes da fuga Das formas,
no sem fundo Inabitável.
Artérias vivas,
estrelas,
relâmpagos,
jorrarão da obscuridade vermelha?
E as palavras serão o espaço.
Do grito,
o espaço de nada,
o espaço do espaço,
a obscura dor da terra?
António Ramos Rosa
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