Lembranças
Lembranças
Em um final de tarde ensolarado
sigo por uma estrada poeirenta
meus dedos tocam galhos rebuscados
art nouveau do acaso e do momento.
E se um belo caboclo, com malícia
me acenar ainda, à distância.
Ansiarei seu toque, uma carícia
que guardarei como paixão de infância.
Mas tudo não passa de lembranças
enquanto eu piso a pedra fria
e o sol da tarde, e a bonança
se foram em um nebuloso dia.
Assim a vida passa indiferente
levando o viço, o gozo e a emoção.
Ficam porém as lembranças gravadas na mente,
e a dor das paixões, cravada no coração.
Ana Maria Ramiro
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