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Reivindicação da arte
Reivindicação da arte
A boa,
que ao seu amor nada nega
E se lhe entrega com antecipação.
Saiba:
Que não é boa vontade não
Mas talento,
o que ele deseja na esfrega.
Mesmo se à velocidade do som
Do sou-tua dela à cópula chega
Não é pressa que o botão dele carrega
Quando às bolas seminais dá vazão.
Se é o amor que primeiro atiça o fogo
Precisa ela depois,
para Inverno amparado
De ser dona ainda de um traseiro dotado.
De facto,
mais que o fervor no olhar
Também faz falta um truque há que usar:
Coxas soberbas, em soberbo jogo.
Bertold Brecht
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